My Books

My Books
My Books

sexta-feira, junho 27, 2008

Pessoa ...



Canta onde nada existe
O rouxinol para seu bem — ,
Ouço-o, cismo, fico triste
E a minha tristeza também — .

Janela aberta, para onde
Campos de não haver são
O onde a dríade se esconde
Sem ser imaginação.

Quem me dera que a poesia
Fosse mais do que a escrever!
Canta agora a cotovia
Sem se lembrar de viver...

Poesias Inéditas
Fernando Pessoa

Sem comentários: