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quarta-feira, julho 09, 2008

Marketing no Turismo - ainda em Luanda

O Turismo é um mix de transporte, alojamento, refeições, animação e organização, que confluem em Experiências.

Em 1851, Thomas Cook organiza a primeira excursão em Inglaterra e prosperam os forfaits culturais pelas civilizações clássicas. Nos 120 anos seguintes, os paquetes lideram os fluxos intercontinentais, seguindo-se a evolução da aviação, autopullmans e TGV.

Mais tarde assiste-se à corrida aos pacotes de praia, montanha e circuitos interurbanos. Coexistem estalajadeiros e hoteleiros, hóspedes e co-proprietários nos time sharing, campistas e caravanistas, grupos, férias familiares e turismo jovem.

Os hotéis melhoram nas cidades, litoral e estâncias de neve. A Europa lidera a procura, mas perde quota de mercado para a América e Ásia-Pacífico. As ilhas estão na moda, assim como destinos de longa distância com um mix de cultura, património, exotismo, complexos tudo incluído, animação musical ilimitada e voos frequentes.

Foi a partir da década de 50 que o conceito de marketing surge aliado à actividade turística. Isto acontece pelo facto de se verificar a entrada de uma série de empresas no negócio do Turismo, empresas essas não pertencentes à área, com experiência noutros mercados e com know-how em técnicas de marketing.

Assim, a introdução de novas técnicas de marketing no mercado do turismo provoca o aparecimento, na Europa Ocidental, do conceito de produto turístico.

Como consequência, verifica-se na década de 70 o auge do desenvolvimento mundial do Turismo e nesta época deixa-se de olhar para dentro, ou seja, o atractivo turístico, e passa-se a olhar para fora, isto é, para o Turista, o Cliente, o Consumidor do produto turístico.

Desde há alguns anos a esta parte, verifica-se que devido aos impactos multinacionais causados pela actividade turística, esta consta cada vez mais nas agendas dos profissionais de marketing.

O marketing ao serviço do Turismo, a procura de produtos, a oferta de lazer, deve estar ao serviço de um processo de desenvolvimento económico e sustentado.

E em Angola ?
Sr. Empresário, em Angola está à espera de quê? Entre muitas outras coisas, é disso que Angola precisa, mas com um espírito missionário e não mercenário.

O petróleo bruto é nesta altura o motor das altas taxas de crescimento do PIB, mas por outro lado existe uma dura realidade do desenvolvimento humano, com índices sociais muito preocupantes. Esta gente está ansiosa por "saber", por "aprender", por "subir na vida". Deixemos de explorar como escravos a mão de obra Angolana e pelo menos tratemo-os como Pessoas, como seres humanos. É de uma nova atitude que Angola precisa. Os empresários portugueses poderão e deverão dar o exemplo. Isto é um espectáculo...

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