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sexta-feira, junho 23, 2006

Alguns dados referentes à China

Por Bernardo Amaral


Governo: tem um poder de negociação elevado com o resto do mundo, e para agravar o cenário são extremamente inteligentes e aplicam teorias de capitalismo moderno que a Europa ou EUA ainda não identificaram. Os cofres abundam em euros e dólares fora as reservas de matérias primas (ex. reservas de petróleo contabilizadas em 6,5biliões de toneladas –proven reserves).


População: a vantagem de 1,3 biliões paga-se com os 150 milhões que migram anualmente para os centros urbanos à procura de trabalho. Mesmo ignorando este número, a China despede 5 milhões de funcionários por ano e a massa laboral aumenta em 10 milhões, logo são necessários criar 15 milhões de postos de trabalho novos por ano para colmatar futuros problemas sociais. Se olharmos para a pirâmide etária chinesa, observamos que a procissão ainda não arrancou, a massa laboral atinge o seu auge em 2015.


O êxodo rural, os telemóveis, SMSs e a Internet têm dificultado o controlo do governo sobre as massas originando um aumentado de manifestações de descontentamento.


Também contam com 14% de analfabetos e actual média de permanência escolar 6,4anos. 5% da população que tem entre os 25 e 64anos é licenciada (UE 21%) mesmo assim estes chineses licenciados somam 31milhões de pessoas. Mas os esforços já permitiram uma melhoria significativa. Desde 1999 implantaram medidas que resultaram em licenciar 15% dos jovens entre os 18 e 22 anos, o que resulta em 1,2milhões de alunos universitários (1,3 EUA e 0,86 UE).

No entanto os chineses demonstram preocupação em deter quadros superiores competitivos nomeadamente na área financeira. Actualmente, 8000 dos 118000 CFAs no mundo são chineses e com pontuações médias superiores ao resto do mundo.


Research & Development R&D. A China conta apenas com 1 licenciado para cada mil funcionários, UE 6 por mil e Japão 10 por mil.


Mas o governo está atento e em conjunto com o orgulho de colocar um Chinês no espaço, a carroça científica é empurrada por um orçamento de 1,5% do PNB. Para alem deste hubris apostam nas indústrias emergentes como a biotecnologia e energias alternativas.


A eficácia energética continua a metade das médias da OCDE, precisam do dobro da energia para produzir o mesmo bem: já em 2001 a conta da energia representava 10% do consumo mundial.


O cenário ambiental está igualmente ineficiente. 7 das 10 cidades mais poluídas do mundo estão lá. Viver num centro urbano equivale a fumar 2 maços de cigarros por dia. Embora pareçam boas notícias para a Segurança Social Chinesa, estima-se que a conta da degradação ambiental custe ao governo cerca de 10% do PNB.


Competitividade: entre 1990 e 2002 a UE duplicou as suas compras da China para 8,7% do total das importações. EUA quadruplicaram para 11%. No entanto os rankings de competitividade mundial, atribuídos pelo Fórum Económico Mundial, colocam a China em 40a posição numa lista de 104 países (a Jordânia ou a Tunísia conseguem melhores qualificações nesta escala que pesa inovação, penetração…)

Mas se medirmos a área tecnológica conseguem descer para 62º. Em termos de ambiente macro económico o índice apresenta a China em 24o.


A China pode exportar brinquedos baratos no entanto importam aviões, aço Premium, conhecimento, maquinaria industrial, carros de luxo etc...

Sabemos que a China continua a apostar em grandes quantidades em detrimento da qualidade. Desta ameaça surge uma oportunidade para a Europa e EUA reestruturarem planos económicos e apostarem noutros sectores ou noutras formas de lucrar com este mercado.

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