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terça-feira, janeiro 31, 2006

Empresas portuguesas não conseguem reter «talentos»


Empresas portuguesas não conseguem reter «talentos». Atrair colaboradores com «grande talento» e conseguir retê-los numa empresa são os dois grandes desafios na gestão de recursos humanos que as organizações de todo o mundo enfrentam, revela o estudo sobre gestão de talento da consultora Deloitte.

No caso português, cerca de 87% dos inquiridos revelam que as empresas portuguesas têm como principal preocupação a «retenção de colaboradores chave». O modo mais seguro para as empresas se protegerem é através do desenvolvimento de estratégias que as tornem «atraentes para o talento».

Os resultados em Portugal revelam que as organizações começam agora a despertar para esta temática, pois estão a tornar-se mais pro-activas na gestão das suas necessidades de talento, através de uma variedade de iniciativas.

As organizações na Europa prevêem vir a ter escassez de talentos para Chefias, com 76% dos inquiridos a confirmar que poderão vir a sentir alguma escassez. Tal como em Portugal, as organizações estão menos preocupadas com a disponibilidade de Trabalhadores Indiferenciados, sendo que 51% dos inquiridos afirma não prever qualquer escassez nesta área.

Grande parte das organizações nacionais afirma que a sua grande preocupação assenta na «retenção de colaboradores chave». Este tema, apesar de registar resultados elevados a nível Global (66%) e Europeu (69%), assume particular relevância para a realidade portuguesa (87%).

Em Portugal, o aspecto «gerir trabalhadores globalmente» é também considerado como decisivo para o sucesso das organizações (53%), ao contrário dos resultados globais (24%) e Europeus (25%).

O estudo revela também que o desemprego se mantém presente em todas as economias, sendo mais acentuado em alguns países. No entanto, os resultados indicam que o problema dos talentos está relacionado com a disponibilidade de competências, e não com o número de colaboradores no mercado de trabalho.

A legislação relativa às reformas está a ser revista em alguns países mas, no actual cenário, o número de colaboradores qualificados que abandonam a vida activa no fim da meia-idade é superior aos novos colaboradores recrutados para o preenchimento das suas funções. Mesmo nas indústrias com colaboradores suficientes para preencher as funções qualificadas, o tempo utilizado na formação e integração dos novos colaboradores, de modo a acrescentarem valor em termos reais à Organização é crítico.

O inquérito revela, ainda, um investimento crescente em iniciativas não remuneradas, como formação e desenvolvimento, comunicação interna, coaching e desenvolvimento cultural.

Ausência de bons colaboradores afecta produtividade da empresa

O estudo da Deloitte identifica uma ligação clara entre a gestão do talento e o desempenho da organização. Cerca de 40% dos participantes em Portugal consideram que os aspectos da gestão de talento influenciam a produtividade e eficiência da empresa.

Uma percentagem significativa dos participantes em Portugal (33%) considera que a ausência de bons colaboradores afecta a capacidade de inovar. O estudo detecta que, nas organizações nacionais, é importante que seja mais evidente o impacto entre o talento e a expressão desse talento junto dos seus clientes, pois apenas 10% considera que a falta de talento limita a capacidade de conjugar as exigências de produção com as necessidades do cliente. Possivelmente será desejável uma crescente consciencialização de que a diferença no mercado, se faz também, pelo talento crítico de uma organização.

O estudo foi apoiado num inquérito, efectuado através de e-mail, junto de profissionais de recursos humanos de 1.396 empresas de 60 países de todo o mundo, representando diversos tipos de indústrias e organizações de várias dimensões.

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